Mercado Financeiro

Bolsa abre em forte queda, arrastada por commodities e devolvendo ganhos; Petro cai 6%

Ibovespa é pressionado por exterior e commodities

Data de publicação:23/09/2022 às 10:39 - Atualizado 2 anos atrás
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Bolsa brasileira abre o pregão em forte queda de 1,57%, devolvendo os ganhos da véspera. Às 13h50, o Ibovespa apresentava queda de 2,62%, aos 11.062 pontos, o índice é arrastado pelos papéis de Vale e Petrobras. Já o dólar começou o dia avançando e no mesmo horário, 2,47%, cotado a R$5,24. No mercado de commodities, Petróleo do tipo Brent recua 3,84%, com o barril sendo cotado a US$86,99.

Depois da forte alta de 1,91% no Ibovespa ontem, acima dos 114 mil pontos, o economista do BTG Pactual Digital, Jerson Zanlorenzi, afirmou hoje que será difícil a bolsa segurar um dia positivo, principalmente devido à queda nas commodities e sabendo que a liquidez é menor às sextas-feira.

Bolsa começa o dia devolvendo ganhos de ontem | Foto: Reprodução

Os papeis de Petrobras despencam mais de 6% (-6,04%) e os de Vale caem 2,92%. São ações com forte peso na composição do índice e por isso contaminam as operações da Bolsa nesta sexta-feira.

Cresce o temor de que a dura política monetária dos Estados Unidos, com alta dos juros em período prolongado, traga uma forte recessão. Se é assim, a perspectiva é de que caia a demanda por petróleo e, por isso, as cotação da commodity caem em torno de 5% no mercado internacional.

No rastro, não é apenas Petrobras que tem forte queda, mas também PetroRio caem 6,40%.

Bolsas internacionais

Com aversão ao risco, mercado americano começa o dia caindo. Dow Jones, recua 1,10%, S&P cai 1,05% e Nasdaq registra perda de 1,27%. Em Wall Street, investidores aguardam o resultado do PMI, às 10:45, e às 15:00, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fará um discurso.

As bolsas europeias também recuam, repercutindo decisões de política monetária e com perspectiva de uma atividade econômica mais fraca. Na Ásia, os índices fecharam em queda pelo terceiro dia seguido, ainda repercutindo as decisões de juros ao redor do mundo, com temor por recessão na economia global.

Sobre o autor
Mari GalvãoRepórter de economia na Mais Retorno