Biden confirma liberação de reserva estratégica de petróleo dos EUA
Presidente norte-americano afirma que empresas devem aumentar produção imediatamente
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou nesta quarta-feira, 19, que o país liberará 15 milhões de barris de sua reserva estratégica de petróleo, em dezembro, conforme adiantado ontem pela Casa Branca.
Além disso, ele anunciou que, se necessário, mais óleo poderá ser disponibilizado para venda. "Reabasteceremos as reservas quando os preços de petróleo nos EUA forem para a faixa dos US$ 72 por barril ou abaixo dela", destacou, em coletiva de imprensa. No momento, o petróleo do tipo Brent está sendo cotado a US$ 92 dólares por barril.
Biden ainda comentou que os preços de energia não estão caindo o suficiente, e as empresas devem aumentar a produção de óleo "imediatamente". Em um movimento contrário às falas de Joe Biden, há duas semanas a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) anunciou cortes na produção.
Corte de produção de petróleo da Opep+
Os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) confirmaram no dia 05/10, o corte de produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia (bpd) a partir de novembro. Esse é o maior corte desde abril de 2020, quando a pandemia começou. O grupo ainda informa que o acordo de cooperação atual foi estendido até 31 de dezembro de 2023.
Em comunicado após reunião ministerial, a Opep+ justificou a decisão de cortar a oferta "à luz da incerteza que envolve as perspectivas econômicas globais e do mercado de petróleo, e da necessidade de aprimorar a orientação de longo prazo para o mercado de petróleo".
O cartel ainda decidiu realizar as reuniões ministeriais a cada seis meses, sendo que a próxima será em 4 de dezembro de 2022. O comitê conjunto de monitoramento ministerial (JMCC, na sigla em inglês), por sua vez, deve se encontrar a cada dois meses, mas pode realizar encontros adicionais, aponta o texto./Com Agência Estado.