Economia

Banqueiro desaparecido reacende temores de empresários em investir na China

Investidores estrangeiros e de alto risco estão receosos de entrarem na China devido a questões políticas do país.

Data de publicação:08/03/2023 às 08:00 - Atualizado um ano atrás
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Após 2 anos de repressão ao setor privado, o presidente da China Xi Jinping tenta convencer os empresários chineses de que eles podem voltar a criar startups da área de tecnologia, sem receio de interferência ou repressão do governo, segundo reportagem da Bloomberg. 

Porém, essa missão ficou ainda mais complicada, diante do desaparecimento de Bao Fan, principal banqueiro da indústria tecnológica chinesa.

Ataques do governo chinês à iniciativa privada começaram no final de 2020 - Foto: Reprodução

O fato misterioso, no entanto, poderia ter sido mais influenciado por questões psicológicas por parte dos empresários locais do que a atuação da mídia estatal.

Os ataques à iniciativa privada por parte do Partido Comunista chinês começaram no fim de 2020 com o silenciamento do Jack Ma, fundador do Alibaba, e as restrições ao setor imobiliário. Só que as restrições se espalharam para outros setores como jogos e educação e, com isso, muitos empresários ficaram com receio de investir no país.

Investidores e analistas acompanham e estão preocupados com o tratamento de Pequim à iniciativa privada, ainda mais no momento em que a China tenta se recuperar dos efeitos da pandemia da covid-19 em sua economia.

Diante desse cenário, vários empresários têm deixado ou reduzido os investimentos no país asiático. Isso acontece justamente devido aos riscos relacionados ao governo chinês.

Metas econômicas do governo chinês

A China estabeleceu uma meta de crescimento econômico de 5% para este ano. Li Kequiang, primeiro-ministro chinês, disse que o país deveria encorajar o capital privado para colaborar em grandes iniciativas e projetos governamentais. Ele também acredita que o país deve reunir esforços para obter avanços tecnológicos no futuro.

Pequim vê o crescimento do setor privado como prioridade para recuperar a economia local após a pandemia da covid-19. Mas, as principais empresas chinesas ainda enfrentam dificuldades. O Alibaba, por exemplo, apresentou crescimento de apenas 2% no último trimestre. 

As tensões entre Estados Unidos e China aumentaram os riscos. O governo Biden está planejando regras que poderiam restringir os investimentos em algumas partes da economia chinesa, incluindo segmentos como a inteligência artificial, pois essas áreas poderiam melhorar a capacidade militar e de inteligência chinesas.

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