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Avenue é liberada pelo BC para realizar operações de câmbio

A previsão é que, até setembro, transações de até US$ 300 mil ou o equivalente em outras moedas, sejam feitas na operação própria

Data de publicação:18/05/2023 às 08:00 - Atualizado um ano atrás
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A Avenue, corretora focada em investimentos no exterior para o varejo, recebeu autorização do Banco Central (BC) para operar câmbio - serviço que antes realizava através de um banco de câmbio associado. 

A previsão é que, até setembro, transações de até US$ 300 mil ou o equivalente em outras moedas, sejam feitas na operação própria. A oferta é intermediada pela Avenue Securities DTVM Ltda.

BC autorizou operações diretas para câmbio pela Avenue

A Avenue informa em nota que a procura por transações do tipo aumentou em dois dígitos do último trimestre de 2022 para os primeiros três meses do ano. A expectativa é de triplicar o volume deste tipo de serviço até o final do ano.

"Com operação própria, a corretora espera criar, cada vez mais, serviços personalizados, como aumentar o limite diário disponível para os clientes e desenhar novas possibilidades para envio e recebimento de quantias em dólar e em real intra e entre países", informa a nota.

Itaú

No ano passado, a Avenue vendeu 35% de suas cotas ao banco Itaú, que desembolsou R$ 493 milhões pelo investimento.  A ideia do banco, no entanto, é atingir o controle de 50,1%  da corretora dentro de dois anos, avaliando a Avenue em R$ 1,2 bilhão.

Desde então, a corretora avalia aquisições para se consolidar como uma plataforma de investimentos para brasileiros nos Estados Unidos. O objetivo é arrumar a casa e se preparar para disputar um montante estimado em R$ 1 trilhão de recursos que devem chegar aos EUA na próxima década. Até mesmo porque, do outro lado, rivais de peso como Bradesco, BTG Pactual e XP Investimentos também se movimentam para abocanhar uma fatia desse bolo.

O apetite por compras não significa, porém, que a Avenue vai sair tirando concorrentes do mercado. A corretora, com sede em Miami, define a trajetória como uma 'corrida invisível' cujo foco é endereçar o risco de infraestrutura, que, embora não apareça para o cliente, é essencial para o negócio parar em pé. Na mira, estão negócios nas áreas de prevenção a lavagem de dinheiro, segurança e tecnologia.

"São aquisições zero sexy, mas fundamentais para preparar esse ecossistema invisível", diz o presidente da Avenue, Roberto Lee.

Segundo ele, a corretora não pretende fazer uma série de investimentos, nem estabeleceu um cheque para desembolsar com aquisições. No lugar, afirma, serão compras "bem pontuais" e que devem contribuir para fortalecer os bastidores, a cozinha do negócio, nas palavras de Lee. / Agência Estado

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