Analistas recomendam NTNs-B para proteção contra inflação mais alta
O cenário de aceleração inflacionária recomenda a proteção do capital em investimentos que remuneram com juro real mais correção monetária pelo IPCA, índice que mede a…
O cenário de aceleração inflacionária recomenda a proteção do capital em investimentos que remuneram com juro real mais correção monetária pelo IPCA, índice que mede a inflação oficial. No âmbito dessa estratégia, a equipe de analistas do BTG Pactual recomenda, em relatório, a compra de títulos públicos indexados à inflação, como as Notas do Tesouro Nacional da série B (NTNs-B).
Os títulos sugeridos têm vencimentos entre 2026 e 2030, em busca de proteção da crescente expectativa de inflação (IPCA) em 2021 e 2022.
Os papeis recomendados, que na plataforma do Tesouro Direto são ofertados como Tesouro IPCA, são os de vencimento mais curtos. Nesta segunda-feira, 5 de julho, o Tesouro IPCA com vencimento em 2026 está remunerando com juro prefixado de 3,73% mais correção monetária pelo IPCA e o Tesouro IPCA 2030, juro de 3,97% mais correção pelo IPCA.
Os títulos de vencimentos mais próximos são mais recomendados porque estão sujeitos a menos volatilidade de preços, no mercado secundário, que os de vencimentos mais distantes e “pela posição tática favorável que estes vértices do ‘meio da curva’ oferecem em relação aos mais longos”.
O cenário hídrico brasileiro desfavorável neste momento, argumentam os analistas, sustenta uma expectativa de preços de energia elétrica elevados pelo menos até o fim do ano. A estimativa é que a tarifa siga no nível vermelha, a de custo mais alto das bandeiras, na maior parte do período.
O BTG Pactual projeta um IPCA acumulado de 6% no fim de 2021, mas não descarta a hipótese de que fique mais elevado, por causa da crise de energia desafiadora que pode provocar um reajuste do valor da bandeira atual da tarifa.
A equipe de analistas vê risco de pressão inflacionária derivado também de repasses de preços represados, em um cenário mais generoso da atividade. “O ritmo positivo de vacinação, com as três primeiras semanas de junho apresentado um número de doses administradas acima do observado em maio, nos permite vislumbrar a reabertura da economia antes do esperado, o que pode aumentar a procura por serviços e, por consequência, repasses adicionais de custos represados.”