Economia

Analistas esperam Selic mantida em 13,75% na reunião de quarta-feira do Copom

Expectativa maior é com comunicado do Banco Central após a reunião

Data de publicação:24/10/2022 às 12:57 - Atualizado 2 anos atrás
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Na próxima quarta-feira, 26, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciará como fica a taxa básica de juro da economia, a Selic. No mercado financeiro, a expectativa dominante é de que o porcentual seja mantido em 13,75%.

Para o JPMorgan, a decisão deve ser unânime. De acordo com o banco, o mais provável é que o colegiado reitere a sua postura vigilante e não promova mudanças relevantes na comunicação. "O Banco Central (BC) parece estar buscando evitar sinais de que pode afrouxar as condições financeiras prematuramente, portanto não antecipamos mudanças significativas para a comunicação", escrevem a economista-chefe do JPMorgan no Brasil, Cassiana Fernandez, e o economista Vinicius Moreira, em relatório.

Com Selic elevada, BC consegue segurar projeções para a inflação - Foto: Reprodução

Para os analistas, a evolução do cenário doméstico desde a reunião anterior do Copom se deu como esperado, com a manutenção do dólar em cerca de R$ 5,25, uma desaceleração rápida da inflação e uma moderação das expectativas.

Neste cenário, as projeções do BC para o IPCA (o índice oficial de inflação) devem ficar praticamente inalteradas, afirmam. O JPMorgan reiterou a projeção de início do ciclo de cortes da Selic em junho do ano que vem.

Selic alta e ancoragem de expectativas de inflação

Também na opinião de analistas do Paraná Banco Investimentos, a taxa deverá ser mantida, mais uma vez, em 13,75% ao ano.

De acordo com o diretor de Investimentos do Paraná Banco, André Malucelli, “o Banco Central está conseguindo ancorar as expectativas de inflação dentro da meta em um horizonte relevante, analisando principalmente o ano de 2023. Com um Banco Central independente, o resultado das eleições não influencia na tomada de decisão do colegiado. Neste cenário, a Selic deve começar a baixar no segundo semestre de 2023”.

Sobre o IPCA, a redução nos preços de produtos administrados via retirada e/ou diminuição de impostos trouxeram alívio à inflação neste ano, mas elevando as projeções para 2023. “Nossa expectativa é que o IPCA feche em 5,71% em 2022 e 5,02% em 2023”, destaca Malucelli.

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