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Títulos Podres

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:03/06/2020 às 12:24 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que são Títulos Podres?

Títulos Podres, ou Junk Bonds, é o termo usado para se referir a títulos de dívida que são considerados ativos financeiros de baixa qualidade, porque existe uma boa chance de o emissor do papel não pagar aos investidores que o compraram.

Entendendo os Títulos Podres

Se uma empresa ou um governo precisa de recursos, existe uma séria de formas pelas quais eles podem consegui-los. Uma dessas formas é emitindo títulos de dívida e vendendo para investidores. O investidor compra o papel, com a promessa de receber de volta o valor investido e uma determinada porcentagem de juros na data do vencimento.

O problema é que nem sempre o emissor do título é capaz de cumprir essa promessa. Quando existe uma probabilidade concreta de que o investidor não vá receber o valor devido pelo título, dizemos que esse é um título podre. 

Títulos podres podem ser reconhecidos facilmente, graças ao trabalho das agências de rating que classificam empresas e governos, permitindo identificar aqueles com maior probabilidade de default (isto é, de não conseguir cumprir suas obrigações financeiras com os investidores).

Se uma agência de rating marca uma empresa ou um governo com uma classificação junk, qualquer título que eles emitam será um junk bond, ou seja, um título podre.

Vale a pena investir em Títulos Podres?

Conforme já ficou claro, quando um investidor compra um título podre, ele assume um risco concreto de não conseguir recuperar seu investimento, muito menos lucrar com o ativo. Porém, isso não significa que os investidores não vão comprar títulos podres.

Na realidade, como o risco desses títulos é maior, eles precisam oferecer uma promessa de retorno muito maior também, para convencer investidores a usar seus recursos para a compra desses papeis. Por esse motivo, títulos podres também são chamados de high-yield bonds, que pode ser traduzido como “títulos de alto retorno”.

Desta forma, investir em títulos podres vale a pena, na medida em que eles prometem um retorno muito acima do que a maioria dos títulos bem avaliados oferecem. No entanto, muitos especialistas em mercado financeiro e de capitais consideram esse tipo de ativo uma aposta, não um investimento.

Qual é a relação entre Títulos Podres e programas de compra de títulos pelo BC?

Quando a economia de um país, e especialmente o seu mercado financeiro, enfrenta uma crise, uma das medidas que podem ser adotadas como parte da política econômica é a implementação de um programa de compra de títulos pelo Banco Central

O programa é, como o nome indica, uma bandeira verde para que o BC adquira papéis no mercado secundário de títulos de dívida. Por exemplo, o BC pode comprar até R$ 100 milhões em debêntures. 

Ao fazer isso, ele não está exatamente ajudando as empresas que emitiram as debêntures, porque ele está negociando no mercado secundário, ou seja, ele está comprando de outros investidores que já tinham pago pelos papéis. É como comprar uma camiseta de segunda mão: o dinheiro vai para o último dono, não para quem produziu. 

Mesmo assim, a medida é importante, porque traz mais liquidez para esse mercado secundário. Em outras palavras, ajuda a manter as negociações andando, já que, em um cenário de crise, geralmente há muitas pessoas tentando vender sem ninguém disposto a comprar. Então, o BC atua para aumentar a demanda.

No entanto, quando o BC compra um título de dívida no mercado secundário, ele passa a ser o detentor do direito ao pagamento prometido pelo emissor. Logicamente, ele espera que, quando chegar o vencimento do papel, essa promessa seja cumprida. É assim que o Estado recupera o dinheiro investido nesse tipo de programa.

Infelizmente, se o programa acabar comprando muitos títulos podres, o Estado corre o risco de não conseguir recuperar esse dinheiro, porque, no vencimento, o emissor possivelmente vai descumprir a obrigação.

Por isso, em alguns casos, o programa inclui critérios para definir quais papeis serão comprados, excluindo aqueles emitidos por empresas com uma avaliação ruim. 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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