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Reserva Fracionária

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:24/10/2019 às 14:44 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é Reserva Fracionária

Reserva Fracionária é uma política monetária aplicada ao sistema bancário de boa parte dos países do mundo. Essa prática consiste na manutenção de uma reserva de uma fração dos valores recebidos em depósitos.

Desde que a reserva fracionária seja respeitada, os bancos podem realizar empréstimos e investimentos em valores muito mais altos do que os depósitos que efetivamente recebem.

A reserva fracionária deve ser mantida em dinheiro ou ativos de alta liquidez, no próprio banco ou no Banco Central.

A taxa de reserva fracionária é definida pelo Bacen. Internacionalmente, o Acordo de Basileia obriga os agentes financeiros a manter uma reserva de 10,5% dos depósitos recebidos.

Reserva Fracionária e Expansão da base monetária

 

A base monetária é, em termos simplificados, o total de dinheiro que existe na economia do país, em circulação ou na forma de reservas bancárias mantidas pelos bancos junto ao Bacen. Essa base monetária pode ser expandida ou contraída de diferentes maneiras.

Os bancos podem expandir a base monetária do país, "criando dinheiro". Isso acontece quando o banco oferece empréstimos ou faz investimentos em valor superior aos depósitos que estão sob sua guarda.

Isso significa que os bancos estão operando e colocando em circulação um dinheiro que eles não têm no momento. Vamos entender melhor com um exemplo:

João vai ao banco e deposita R$ 1.000,00 em sua conta.

Supondo que a taxa de reserva fracionária seja de 10%, o banco é obrigado a guardar R$ 100,00. Porém, os outros R$ 900,00 não vão ficar lá, parados, na conta de João. O banco pega esses R$ 900,00 e usa para ceder um empréstimo a José.

Nesse momento, o banco já expandiu a base monetária, transformando R$ 1.000,00 em R$ 1.900,00. Isso porque, apesar de só existir R$ 1.000,00 em notas, o dinheiro não precisa existir concretamente.

O saldo da conta de João registra R$ 1.000,00, o valor que ele depositou, e o saldo da conta de José registra R$ 900,00, o valor que ele recebeu em empréstimo. Os dois homens vão poder operar com esses valores: fazer compras, pagar contas. É essa informação que importa para o cálculo da base monetária.

Interesse dos bancos na reserva fracionária

A prática que acabamos de ver remonta ao tempo em que os bancos recebiam depósitos em ouro e prata. Na época, os banqueiros notaram que a maioria das pessoas não retornava para sacar os depósitos, porque era mais conveniente operar com o papel.

Em média, ao longo de um ano, apenas cerca de 10% dos depósitos eram resgatados. Então, viram a oportunidade de separar o restante dos depósitos e colocar em circulação.

Por que os bancos fazem isso? Na verdade, eles não estão preocupados com a expansão da base monetária. O que interessa é que, por meio dos empréstimos e investimentos da porção restante dos depósitos, o banco consegue rendimentos. Em outras palavras, lucro.

A única regra para que os bancos possam fazer essa manobra é que eles obedeçam à reserva fracionária. Isso equivale a dizer que ela é considerada legal.

No entanto, para a Escola Austríaca de pensamento econômico, uma ala majoritária considera que se trata de prática fraudulenta.

Porque a reserva fracionária é importante

A reserva fracionária serve como uma garantia para manter o sistema bancário funcionando. E ela que garante liquidez ao saque dos depósitos.

Como vimos, o banco coloca mais dinheiro em circulação do que ele tem no seu caixa, nos depósitos que recebe. Acontece que, quando os depositantes aparecem para sacar, o banco precisa ter dinheiro para atender. É aí que entra a reserva fracionária.

Lembra do exemplo de João, que depositou R$ 1.000,00? Então, se ele aparecer no dia seguinte para sacar seu dinheiro, aqueles R$ 1.000,00 não estarão mais lá. Na verdade, R$ 900,00 se transformaram em empréstimo para José.

Será que João, então, não vai conseguir sacar?

Sim, ele vai. O banco utiliza o valor de outros depósitos, de outros clientes, para devolver o dinheiro de João.

Esse sistema só não quebra porque existe a expectativa de que os depositantes nunca vão tentar sacar seu dinheiro todos ao mesmo tempo. Se, um dia, isso acontecesse, o banco não conseguiria devolver os depósitos, porque a maior parte do dinheiro não está mais nas contas.

 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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