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Ex-post

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:28/08/2019 às 20:04 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é ex-post?

Termo encontrado no Latim, ex-post quer dizer “após o fato”.

Oposto de ex-ante, em que se decide antes do fato, o ex-post é a avaliação do passado, com base nos dados históricos, para se calcular:

  • Retornos em um determinado período (mês ou ano, por exemplo);
  • Riscos, como o “Value at Risk” (VaR).

Na gestão de investimentos, é a comparação entre o resultado obtido e a estimativa inicial.  Quanto menor a diferença entre eles, melhor o processo decisório adotado na seleção dos ativos.

Qual a relação entre análise ex-post e investimentos?

 

Em momentos de grande incerteza, as empresas esperam por indicadores mais positivos antes de investir.  Dito isso, elas monitoram informações facilmente coletadas no mercado como:

  • Volatilidade da bolsa de valores;
  • Grandes discrepâncias nas projeções econômicas.

Assim, elas agem com base no que é “observado”, tomando decisões mais objetivamente.

Qual um exemplo de uma avaliação ex-post de investimentos?

O setor de aeroportos é um deles.  Por ser uma concessão, com determinadas regras para o seu funcionamento, a avaliação do negócio só era feita antes (ex-ante), no momento da licitação.

Entretanto, o mundo mudou.  Hoje, os aeroportos fazem muito mais do que permitir o embarque e o desembarque de passageiros.  Eles são centros de conveniência para o transporte aéreo, oferecendo serviços para a movimentação de cargas e comodidades para os passageiros.

A análise ex-post, nesse caso, levanta dados da movimentação dos aeroportos para identificar tendências e encontrar novas fontes de receitas.

Por que se diz que o Banco Central atua ex-post?

Uma das principais críticas em relação ao Banco Central (BC) é que ele não tem cortado os juros com a rapidez necessária, dada a fraqueza da atividade econômica.

Como contraponto, ele se defende citando a importância de outros dados, como a expectativa de inflação, antes de decidir por novos cortes.  Ela é capturada por meio do Relatório Focus, boletim usado pelo BC para medir a percepção dos agentes em relação aos diversos indicadores que medem o “pulso da economia”.

Como ele sai com alguma defasagem, diz-se que o BC está “atrás da curva”, ou seja, age depois da concretização dos fatos.  A verdade é que o BC dá muita importância à sua credibilidade, que ele acha fundamental para a política monetária funcionar bem.

Afinal, seu mandato é pela estabilidade de preços, independentemente da atividade econômica.

Qual a relação entre ex-post e bolhas financeiras?

O liberalismo se baseia na eficiência dos mercados.  Nesse modelo econômico, não existem as bolhas de ativos, situações em que os preços fogem de qualquer parâmetro de referência.

Como essa hipótese não é possível, visto que os mercados se autorregulam, acreditava-se que bastava esperar por uma correção de preços, mesmo que brutal.  O trabalho da autoridade monetária ocorreria, portanto, somente após o estouro da bolha (ex-post).

Entretanto, houve a crise de 2008.  Gerada em função de um gritante acúmulo de riscos dentro do sistema, ela acabou levando todo mundo para o outro extremo, com regras excessivas que dificultaram a recuperação.

Isso expõe a dificuldade que os economistas enfrentam quando buscam o que se chama de “equilíbrio de longo prazo”.  Corrigir os excessos, depois que eles já tomaram grandes proporções na economia (ex-post), alimenta o mesmo tipo de comportamento que gera o moral hazard, o que leva à formação de novas bolhas.

Alguns avanços nesse sentido estão sendo estudados, com a inclusão do fator “risco” na política monetária.  Em condições normais, prevalecem fatores como preço e hiato na economia.  Havendo a identificação de outros riscos, medidas macroprudenciais são incorporadas às decisões sobre taxas de juros.

Para os agentes, ficam claros os riscos que não serão tolerados e as regras, agindo sobre as suas expectativas.

 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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