Empreendedorismo
O que é empreendedorismo
O empreendedorismo está muito associado à criação de novos negócios. Esse conceito não é totalmente equivocado, mas ele não contempla o sentido mais amplo da palavra: criar algo diferente, usando-se da inovação, para uma necessidade não atendida.
Para tanto, um empreendedor se municia de todo o seu conhecimento técnico e de sua criatividade para angariar os recursos necessários e colocar o seu plano em prática.
Assim, ele é alguém que não se contenta com o que está disponível e busca soluções alternativas para problemas que, por conta das restrições de um determinado mercado, não podem ser resolvidos.
O que define o empreendedorismo?
O empreendedorismo só agrega valor à sociedade quando ele insere novas ideias e processos, em um contexto onde todos se beneficiam.
Portanto, ele segue a lógica do capitalismo: empresas com novos bens e serviços substituem negócios mais antigos, trazendo dinamismo econômico e riqueza.
Também conhecida como “destruição criativa”, esse processo de renovação é descrito por Joseph Schumpeter, economista que usou o termo “empreendedor” pela primeira vez em 1942, quando publicou a sua obra “Capitalismo, socialismo e democracia”.
Quais os principais tipos de empreendedorismo?
Apesar do empreendedorismo obter um significado amplo, é possível encontrar alguns conceitos sobre ele:
Empreendedorismo corporativo
É a inovação que ocorre dentro do ambiente das empresas.
Nos negócios já consolidados, o empreendedorismo tem por finalidade implementar soluções mais lucrativas, seja por meio da diversificação de produtos ou da otimização dos recursos.
É importante notar que nos melhores exemplos de empreendedorismo corporativo, a inovação não segue a estrutura hierárquica de comando, sendo mais definida pela cultura que ela fomenta.
Portanto, quando a empresa não valoriza o funcionário que age com a “cabeça de dono”, muito provavelmente os seus colaboradores se contentarão com o que já existe.
Empreendedorismo digital
São os negócios que giram em torno das possibilidades oferecidas pela internet:
- E-commerce: tanto plataformas próprias como as de terceiros (marketplace);
- Redes sociais (Facebook, Instagram e LinkedIn): usadas como ferramentas de marketing e engajamento;
- Blog: disseminação do conhecimento e meio de comunicação com o público;
- Vídeo (YouTube): conteúdo dinâmico e rico, que também pode assumir um cunho educativo;
- Newsletter: a versão digital da antiga mala direta.
O empreendedorismo digital também inclui as startups (empresas de tecnologia). A diferença é que a inovação é inerente ao negócio em si, fazendo dela a responsável pela destruição criativa.
Assim, ela é a desenvolvedora da plataforma que viabilizará outras iniciativas de empreendedorismo; ou seja, a ferramenta onde outros empreendedores se conectarão para ofertar bens e serviços.
Sua essência é sempre facilitar a intermediação mediante a cobrança de uma taxa. Ao adotar esse modelo, seus fundadores esperam manter a operacionalização do sistema até que ele ganhe escala, momento em que surge a grande oportunidade de ganhos.
As startups desenvolvem suas soluções de forma modular: aplicativos distintos que podem ser combinados de formas diferentes. Isso facilita também que outras startups sejam criadas para complementar esse ecossistema.
Empreendedorismo em série
Empreendedorismo mais relacionado ao indivíduo: suas características pessoais e a sua experiência.
Um empreendedor que identifica várias oportunidades de negócio precisa de um certo nível de experiência para poder viabilizar todas as suas ideias. Obtendo êxito em uma iniciativa, ele encontra pouca dificuldade para repetir o processo quantas vezes ele desejar.
Entretanto, após alguns negócios bem-sucedidos, sua contribuição passa a ser mais como mentor e investidor de outras propostas igualmente inovadoras. Dada a sua principal motivação de auxiliar na viabilização de novas empresas, ele já não mais se dedica às atividades diárias de gestão.
Empreendedorismo social
Seu objetivo é trazer benefícios de longo prazo nas seguintes áreas:
- Meio ambiente;
- Saúde;
- Educação.
O que o diferencia das atividades de uma Organização Não Governamental (ONG) é que o empreendedorismo social incorpora a finalidade de lucro, sendo esse revertido para a própria comunidade atendida. Isso dispensa a necessidade de doações, mais comuns nos orçamentos anuais das ONGs.