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Desigualdade Social

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:29/07/2020 às 20:07 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é Desigualdade Social?

Desigualdade Social é o termo usado para designar a diferença nas condições de vida que pessoas de grupos sociais distintos experimentam no dia a dia.

Essa diferença pode estar associada a vários fatores, como a condição econômica, a identidade racial ou de gênero, e até mesmo o local de origem das pessoas. Ela está também ligada a um processo histórico e tende a se aprofundar ao longo do tempo.

Entendendo a Desigualdade Social

Desigualdade social é um dos grandes problemas na sociedade brasileira. O tema é complexo e o primeiro passo para entendê-lo é saber que a questão não se limita ao aspecto econômico.

Existe desigualdade social entre ricos e pobres; entre brancos e outras etnias; entre heterossexuais e pessoas LGBTQI+; entre quem vive nos grandes centros e quem vem de outras regiões do país.

Essa desigualdade se reflete na má distribuição de tudo que é mais importante. Quem está no grupo mais privilegiado recebe mais renda e poder; melhor acesso à educação, saúde, cultura, lazer e até mesmo alimentação de qualidade; melhores oportunidades de trabalho. Enquanto isso, quem está no grupo menos privilegiado enfrenta obstáculos adicionais para receber tudo isso.

A desigualdade social está presente até mesmo na maneira como diferentes pessoas são tratadas pelas forças policiais do Estado. Recentemente, esse problema ganhou mais visibilidade, devido a episódios de violência policial contra pessoas negras.

Como a Desigualdade Social se perpetua?

A desigualdade social não é um problema recente. Ela é fruto de um processo histórico; ao longo do tempo, ela se perpetua e se agrava, em um ciclo vicioso.

Imagine, por exemplo, a situação uma pessoa negra logo após o fim da escravidão no Brasil. Mesmo liberta, essa pessoa não conseguia um bom emprego, pois não havia a intenção, muito menos um plano, para integrar os negros à sociedade. Logo, ela tem baixa renda e vive em uma região de periferia, sujeita a condições precárias.

Essa pessoa tem um filho. Porém, ela não tem meios para garantir que esse filho possa ascender socialmente, porque, devido à falta de renda e ao meio no qual ele está inserido, sua educação é limitada e ele não consegue acessar os melhores empregos. Então, esse filho também vai continuar tendo baixa renda e vivendo na periferia.

Por outro lado, imagine a situação de uma pessoa branca e rica, na mesma época: após o fim da escravidão. Ela tem um emprego decente, que lhe garante a renda necessária para manter uma certa qualidade de vida em uma região na qual tem acesso a todos os serviços básicos.

Essa pessoa tem um filho, que consegue ir à escola. Quando adulto, o filho consegue um emprego melhor do que o pai, graças à educação que recebeu, e o patrimônio da família aumenta. Isso permite que o próximo filho tenha condições de vida ainda melhores e ascenda mais socialmente.

As duas situações, da pessoa negra e da pessoa branca, se repetem com as gerações seguintes. Porém, a cada geração, o problema fica ainda mais grave, porque a distância entre a realidade de cada uma dessas "linhagens" fica cada vez maior.

O exemplo acima usa uma das principais causas da desigualdade social, a questão racial. Porém, o mesmo tipo de cenário pode ser desenhado para outros grupos menos privilegiados na sociedade. 

Qual é a relação entre Desigualdade Social e Meritocracia?

Em muitas ocasiões, a noção de meritocracia – isto é, de que uma pessoa deve ascender socialmente por seus méritos – foi usada para diminuir a importância do problema da desigualdade social. No entanto, essa desigualdade é, na realidade, o maior entrave à meritocracia.

Se duas pessoas estão em uma disputa para ascender e serão julgadas por seus méritos, as duas devem ter o mesmo ponto de partida. Se uma delas está disputando em condições muito mais desfavoráveis, mesmo que ela tenha méritos para vencer, possivelmente ainda vai perder.

É por esse motivo que é tão difícil ver pessoas negras, mulheres ou LGBTQI+, ou simplesmente pessoas com uma origem em uma classe social mais pobre, ocupando as salas de aula das maiores faculdades públicas e chegando a cargos de gestão em grandes empresas. Elas enfrentam tantos obstáculos desde o começo da vida, que a competição por méritos com uma pessoa mais privilegiada – homem, branco, heterossexual, de classe média ou alta – nunca poderia ser justa.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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