Deseconomia
O que é deseconomia?
A deseconomia é um termo designado para fazer referência ao antagonismo da economia de escala. Em linhas gerais, portanto, estamos falando da má utilização dos recursos dentro de uma cadeia produtiva.
Para que você entenda melhor essa abordagem, precisamos retomar a ideia de economia de escala, uma estratégia empresarial que consiste na redução de custos com o aumento da produção.
Ou seja, neste processo, uma companhia consegue gerar ainda mais valor na sua cadeia produtiva, expandindo suas atividades. Isso resulta em maior lucratividade na medida em que o preço de venda pode ser mantido, mas o custo por produto reduz consideravelmente.
Para empresas que conseguem adotar a economia de escala, a metodologia passa a ser um enorme diferencial competitivo frente aos concorrentes, em especial para produtos com alta demanda do mercado.
Como funciona a deseconomia?
Já a deseconomia, conforme adiantamos, inverte essa lógica. Ou seja, ela aparece quando uma organização eleva a sua produção, mas isso gera um aumento de custo por unidade produzida.
De um modo geral, isso ocorre por meio de um aumento contínuo na produtividade de uma determinada indústria que ultrapasse uma linha de maximização dos resultados.
Na economia de escala, ainda que sejam necessários investimentos em máquinas, equipamentos ou aumento de equipe, o custo de cada mercadoria diminui. No entanto, há um momento que a empresa atinge um limite nesse processo e passa a ter a deseconomia de escala: os custos crescem.
Qual o ponto ótimo de eficiência operacional?
Infelizmente, não há uma fórmula mágica que defina uma estrutura perfeita e que possa ser facilmente replicável a todas as diferentes linhas industriais. Cada caso é um caso e deve ser analisado separadamente.
O fato é que, por regra, toda companhia apresenta uma parábola em relação aos seus custos operacionais. Ou seja, conforme implementam ações práticas que reduzem o custo, ele começa a diminuir. Mas há um limite nessa queda, o qual podemos chamar de ponto ótimo de eficiência operacional.
A partir do momento em que ele é atingido, uma companhia não tem mais como seguir reduzindo-o e, caso precise aumentar a sua produção, fatalmente irá lidar também com um aumento desse custo unitário.
Quais são os tipos de deseconomia?
Deseconomia externa
O primeiro tipo de impacto negativo nos custos de produção de uma empresa é o que podemos chamar de deseconomia externa. Ela surge, como o próprio nome sugere, de eventos externos às companhias. Um exemplo disso é o aumento na demanda de uma matéria-prima essencial que a torne mais cara.
Há também a chance de impactos indiretos. Imagine que o combustível receba uma aumento de tributação, tornando-o mais caro para empresas logísticas. Desta forma, o transporte também encarece e, portanto, uma empresa transportadora repassará o custo para o seu cliente final — que pode ser justamente a nossa empresa. Esse aumento de custo de aquisição levará a uma deseconomia.
Deseconomia técnica
Em segundo lugar, podemos encontrar a deseconomia técnica. Ao contrário do primeiro grupo, esse é um fator interno e que geralmente aparece em momentos de rápido crescimento. Sendo assim, a companhia pode ser ver obrigada a adquirir mais máquinas ou contratar novos profissionais. No entanto, nem sempre isso mantém a produtividade crescente, gerando aumento de custo.
Ainda nesse grupo, podem surgir gargalos entre máquinas. Suponha que a produção de uma organização passe por três equipamento diferentes (A, B e C). Pode ser que aumentar o número da máquina A seja absolutamente ineficiente sem comprar também um maior volume das outras duas e, mesmo fazendo-o, há um limite operacional produtivo natural que não poderá ser ultrapassado.
Deseconomia organizacional
Por fim, temos ainda a deseconomia organizacional que reflete uma dificuldade interna da companhia de manter a produtividade com o aumento de equipe. Isso pode surgir por falhas de comunicação ou perda de motivação da equipe, por exemplo.
