Demonstrações Financeiras
O que são demonstrações financeiras?
São chamadas de demonstrações financeiras a variedade de relatórios contábeis produzidos em uma companhia, com o objetivo de auxiliar, entre outras coisas, na tomada de decisões a respeito de gastos e investimentos.
As demonstrações financeiras atuam sobretudo na captura da situação das empresas, fornecendo um informe preciso e abrangente para os seus gestores, os credores e o governo, além de outros agentes econômicos interessados.
Existem diversos tipos de relatórios que compõem o grupo de demonstrações financeiras (neste artigo, trataremos de 6 deles!). Cada um se diferencia pelo objetivo (elementos considerados em sua composição), período analisado (anual, mensal e, em alguns casos, até diário) e serventia (interna ou externa).
Mas antes de prosseguir na sua categorização, há um ponto importante a esclarecer. Muitas pessoas, ao se depararem com o conceito de demonstrações financeiras se questionam a respeito da diferença entre esse termo e um outro, o de “relatórios contábeis”.
Embora muita confusão tenha sido criada na tentativa de separá-los, hoje entende-se que demonstrações financeiras e relatórios contábeis são sinônimos: dois nomes distintos para descrever o mesmo conjunto de informes.
Quais são os tipos de demonstração financeira?
Ponto esclarecido, é hora de conhecermos um pouco mais alguns dos relatórios mais comumente usados quando o assunto é demonstrações financeiras.
São eles:
- Balanço patrimonial;
- Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA);
- Demonstração de Resultados do Exercício (DRE);
- Demonstração do Valor Adicionado (DVA);
- Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC).
Detalhadamente, veja:
Balanço patrimonial: o balanço patrimonial é um documento responsável por expor a condição patrimonial da companhia em relação aos ativos, passivos e patrimônio líquido no período de um ano. Enquanto os ativos representam todos os seus direitos e bens, os passivos são as obrigações (dívidas) contraídas por ela e o patrimônio líquido é a diferença (de expectativa, positiva) entre esses dois primeiros itens.
Demonstração de Resultados do Exercício (DRE): o DRE é o documento responsável por discriminar todas as receitas (bruta e líquida), despesas, lucros (brutos e líquidos), eventuais prejuízos e o resultado do Exercício antes e depois do pagamento do Imposto de Renda. O DRE costuma se concentrar em períodos anuais e é produzido de forma obrigatória por qualquer organização.
Demonstração de Valor Adicionado (DVA): a DVA é o mais peculiar das demonstrações financeiras, isso porque ela não analisa simplesmente se a companhia gerou lucro ou prejuízo, como movimentou o seu capital, as projeções etc. Na verdade, na DVA o objetivo principal é analisar como as empresas geraram riqueza e, através dela, impulsionaram o desenvolvimento social e econômico da sociedade em geral. Ou seja, na DVA, a responsabilidade social é o maior parâmetro do desempenho empresarial em um determinado período.
Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados (DLPA): como o seu próprio nome indica, o DLPA analisa as modificações ocorridas no saldo dessa conta no decorrer de um período contábil.
Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): o fluxo de caixa é tido como o orçamento particular de uma organização. Ele indica precisamente quais foram as entradas (vendas etc.) e saídas (gastos etc.) durante as operações e auxiliar nas projeções de desempenho futuro - investimentos para o caso de entradas excedentes, necessidade de capital de giro no caso de aumento de passivo circulante, por exemplo.
Para que servem as demonstrações financeiras?
Se engana quem acredita que apenas a administração de uma companhia se beneficia da produção das demonstrações financeiras.
Na verdade, vários agentes econômicos alheios à empresa utilizam esses relatórios para tomarem decisões: credores (na concessão de empréstimos, por exemplo), governo (no recolhimento de impostos etc.), outras empresas (em processos de fusão etc.) e até investidores (na decisão de compra ou não das ações de uma empresa).