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Bolha Imobiliária

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:29/06/2020 às 18:05 -
Atualizado 4 anos atrás
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O que é Bolha Imobiliária?

Como o próprio nome indica, uma bolha imobiliária representa a criação e consolidação de uma bolha financeira aplicada ao setor imobiliário. Em outras palavras, descreve a valorização indiscriminada nos preços de imóveis, durante um determinado período de tempo, seguida por uma ampla desvalorização quando a bolha "estoura".

A grande questão é que essa valorização que dá início à bolha, e que a sustenta, não costuma ser fundamentada em dados estatísticos, mas sim em comportamentos inconscientes.

Quando uma bolha se forma, pessoas tendem a comprar produtos e investir em títulos por preços acima do seu real valor, envolvidas por uma promessa de dinheiro fácil.

A linha de raciocínio – ou completa falta de tal – é mais ou menos assim: “Se o coleguinha do lado comprou algo que (aparentemente) vale muito e está enriquecendo, por que eu também não posso fazer o mesmo? ”. 

Mas o real problema se apresenta essa bolha estoura e as promessas são substituídas por uma realidade mais dura para muitos.

Se antes, por exemplo, os imóveis estavam valendo muito mais do que realmente deveriam, agora eles voltarão a seus preços costumeiros – e corretos. Quem adquiriu uma porção de bens mobiliários, terá uma dor de cabeça e tanto ao tentar vender tais construções. Consegue imaginar o prejuízo? Pagar por uma casa que aparentemente valia um milhão de reais e posteriormente descobrir que seu real valor não passa dos trezentos e poucos.

É uma questão bem complicada de se lidar.

Qual é o impacto das Bolhas Imobiliárias nas crises financeiras?

Agora que você conseguiu imaginar a situação de uma bolha imobiliária, temos uma péssima informação para compartilhar: tudo isso já aconteceu e, sim, muitas pessoas sofreram com este tipo de prejuízo.

Em 2008, nos Estados Unidos, estourava-se a maior bolha imobiliária já registrada no país.

Tudo começou em meados dos anos 90, onde o governo estadunidense decidiu criar duas empresas paraestatais, a fim de garantir a liquidez do mercado imobiliário. 

Essas empresas eram totalmente protegidas pelo Estado e também, financiadas através dos cofres públicos do país. Eram chamadas de Fannie Mae e Freddie Mac. 

Essas empresas garantiam a liquidez do mercado imobiliário comprando hipotecas de diversos bancos. Ou seja, determinado banco realizava um empréstimo e essas empresas pagavam por tal quantia, para que o banco tivesse condições de realizar uma nova movimentação, e assim por diante.

O beneficiário do empréstimo não mais devia aquele determinado banco, mas sim, às empresas Fannie Mae e Freddie Mac.

No mesmo período, o governo dos Estados Unidos percebeu que alguns grupos minoritários estavam ficando de fora deste mercado imobiliário, como populações de baixa renda. 

Na tentativa de promover melhores condições a estes grupos, o governo passou a pressionar os bancos para que eles emitissem empréstimos ignorando boa parte do risco de crédito daquela população específica. 

Criou-se até uma espécie de cota imobiliária: os bancos eram obrigados a ter uma taxa mínima de empréstimos voltados aos grupos minoritários em questão. 

Este sistema de cotas, atrelado à liquidez garantida pelas empresas para estatais, foi o que deu início à inflação desordenada do mercado imobiliário.

A Fannie Mae e a Freddie Mac passaram a revender as hipotecas compradas dos bancos, como títulos para investidores. Adivinha só: não foi uma boa ideia. A partir desse momento, a situação econômica dos Estados Unidos viraria uma verdadeira bola de neve.

Já nos anos 2000, a partir de algumas lástimas enfrentadas – como o atentado de 11 de setembro, por exemplo – o governo decidiu baixar as taxas de juros para 1% ao ano, fazendo com que o preço dos imóveis disparasse de vez.

As pessoas começaram a hipotecar seus próprios imóveis para financiarem seus consumos, na esperança de que as construções fossem ficar cada vez mais valorizadas. 

Finalmente, entre os anos de 2004 e 2008, o governo normalizou as taxas para 5% e 6%, e os preços dos imóveis começaram a cair. Consequentemente, havia menos liquidez no mercado imobiliário e, assim, menos pessoas solicitavam empréstimos aos bancos.

Aquela bola de neve, onde a lucratividade era contínua, começou a se desfazer. Muitas pessoas haviam assumido dívidas que não poderiam pagar, inclusive os próprios bancos.

Diversas empresas quebraram, assim como os cofres públicos do país sofreram duros golpes. 

As consequências dessa bolha imobiliária só puderam ser reparadas a longo prazo, embora alguns representantes políticos e renomados investidores digam que as marcas dessa crise perduram até os dias atuais. 

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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