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Fundos de Investimentos

Investimentos devem ser vistos como um filme, não como uma foto

Há uma frase muito famosa que é extremamente válida para o Mercado Financeiro: “um investimento deve ser visto como um filme, não como uma foto”. Você…

Data de publicação:10/11/2020 às 09:00 -
Atualizado 3 anos atrás
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Há uma frase muito famosa que é extremamente válida para o Mercado Financeiro: "um investimento deve ser visto como um filme, não como uma foto". Você provavelmente já a escutou em algum momento, mas o que ela de fato significa? Já parou para analisar?

Esse é um ensinamento válido e que direciona a nossa visão para um dos principais mantras do Mercado Financeiro: a necessidade de olhar para o longo prazo. Os resultados de curto prazo importam e nos impactam emocionalmente, mas não representam nada sobre o que podem alcançar no futuro.

Em outras palavras, os resultados de agora seriam uma foto do seu investimento, isto é, um momento específico. No entanto, o que realmente importa é o filme ou, se preferir, a história inteira que aquele ativo tem para contar.

Para que tudo deixe a teoria e se volte para um ensinamento mais prático para a sua vida, vamos converter essa dica para o universo dos fundos de investimentos (e como essa mentalidade pode ser uma poderosa ferramenta de análise).

Fundos de investimentos: por que olhar para o "filme" ao invés da "foto"?

Esse não é o primeiro nem o último artigo que você vai ler na sua vida defendendo o horizonte de longo prazo para a análise de investimentos. A razão é muito simples: o preço do mercado, em todas as suas classes, nem sempre refletem um comportamento racional.

O ano de 2020, aliás, é um ótimo exemplo deste contexto. Com a rápida proliferação de um vírus potencialmente perigoso para a saúde humana, muitos países se viram obrigados a tomar medidas drásticas — como a implantação de uma quarentena e o fechamento de diversos negócios por prazo indeterminado.

Naturalmente, isso assusta os investidores. Como o caixa das empresas vai sobreviver a alguns meses sem vendas? Elas podem quebrar? Qual o impacto de um trimestre tão negativo no longo prazo da companhia?

Perguntas como essas levaram o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, a sucessivas quedas entre os dias 20 de fevereiro e 20 de março. Neste período, cerca de um mês, o índice despencou 44,5%, sendo que muitas ações tiveram uma desvalorização até maior do que essa.

Se você olhar apenas para o momento específico deste período de 30 dias (foto), provavelmente vai se assustar e fugir correndo do mercado de ações. Por outro lado, o mesmo índice subiu mais de 45% entre 20 de março e 8 de junho, assim como havia crescido acima de 30% ao longo do ano de 2019 (filme). 

Ou seja, o grande problema de focar demais nos resultados de curto prazo é que eles dizem muito pouco sobre o comportamento e as características dos ativos em si. E, neste caso, ao olhar apenas para a "foto", você corre o risco de tomar péssimas decisões e se arrepender quando olhar para o "filme" completo.

Como analisar os fundos de investimentos?

O exemplo que demos no tópico anterior foi sobre o Ibovespa, mas a mesma mentalidade se aplica a qualquer formato de ativo. No caso dos juros, para trazer uma nova situação, a tendência é de maior volatilidade no longo prazo em momentos de incerteza, algo que aumenta o risco de títulos de renda fixa com vencimento alongado.

E, neste caso, os fundos de investimentos não têm como escapar dessa realidade. Mais do que qualquer outra categoria de investimentos, os fundos são formados para investir em ativos que exigem um olhar mais amplo (filme) do que apenas os resultados gerados nos últimos meses (foto).

Agora, para que tudo fique ainda mais prático para a sua realidade enquanto investidor, vamos ver algumas dicas para analisar fundos de investimentos e evitar erros desse tipo. Lembrando que todos esses itens podem ser facilmente verificados na nossa ferramenta de comparação de fundos.

Rentabilidade

Quando repetimos com frequência que a rentabilidade não é o único fator de análise não significa que ela não seja importante. Apenas não deve ser, em hipótese alguma, a única forma de montar a sua carteira de investimentos.

O fato é que a maioria dos investidores iniciantes se apegam a este indicador para definir se um ativo é bom ou ruim. Se a rentabilidade é positiva é um bom fundo, do contrário é um péssimo fundo. Essa é a visão de foto que, já alertamos, é perigosa.

Olhar apenas para a rentabilidade traz dois problemas. O primeiro deles, já abordado, é que o número isolado explica muito pouco o funcionamento de um fundo. Como ele chegou até aqueles resultados? Quais os ativos justificam? Qual o nível de risco?

Além disso, é essencial entender o comportamento histórico da rentabilidade. Assim como o Ibovespa, muitos fundos de ações tiveram péssimos resultados ao longo de 2020. No entanto, quando olhamos para um horizonte temporal maior, verificamos que esses resultados negativos representam apenas uma foto — e o que filme dessas gestoras é bem positivo.

Ativos

Uma das melhores formas de analisar um fundo é, na verdade, entender quais são os ativos que eles utilizam para investir o patrimônio dos seus cotistas. Embora a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ofereça, com algum atraso, essa informação, obtê-la pode ser bem confuso.

Novamente, estamos aqui para ajudá-lo a analisar fundos de investimentos. E a nossa ferramenta tem uma poderosa função que permite, com ampla facilidade, que você encontre os ativos utilizados pelo time de gestão. Importante mencionar que há algum atraso nas informações, mas a análise pode ser feita da mesma forma.

Podemos ver, como exemplo, o fundo Alaska Black Institucional FIA, um dos mais famosos entre investidores iniciantes. Com muita agilidade, o link anterior nos apresenta os ativos utilizados, inclusive com o detalhamento por empresa. As maiores ações desse fundo eram, na data de produção deste artigo, Magazine Luiza e Cogna que, somadas, representavam quase 40% do patrimônio dos cotistas.

Com base na composição da carteira, fica mais fácil compreender a estratégia utilizada, assim como o nível de risco do fundo, permitindo assim uma análise muito mais certeira.

Indicadores

Ainda pensando em números, outros indicadores além da rentabilidade podem fazer parte da sua análise. Eles também são números frios e, portanto, dizem pouco sobre a gestão isoladamente. No entanto, em conjunto, podem sinalizar dados interessantes.

É o caso do Índice de Sharpe, uma ferramenta que permite mensurar o risco versus retorno de um fundo. Ou seja, uma métrica para saber se o risco assumido é recompensado. Ou então podemos usar a volatilidade do fundo, que representa a velocidade e a intensidade pela qual o valor das cotas se movimenta.

Para ambos os casos, reforçamos a importância de analisar os fundos como um filme (e não como uma foto). Isto é, observe os indicadores tanto do ponto de vista do ano, mas principalmente encarando o longo prazo e como eles evoluíram ao longo do tempo.

Em um ano desafiador, como aconteceu em 2020, é natural que esses indicadores se apresentem com resultados negativos. No entanto, isso não representa que o fundo seja, necessariamente, ruim. É preciso ir além do curto prazo para uma análise correta.

Deu para entender como analisar corretamente um fundo de investimentos?

O objetivo deste artigo foi demonstrar a importância de realizar uma análise correta e com viés de longo prazo em relação aos fundos de investimentos. Olhar apenas para rentabilidade, ainda mais no curto prazo, é extremamente perigoso.

É neste sentido que entra a frase que utilizamos lá no começo deste conteúdo: "um investimento deve ser visto como um filme, não como uma foto". Tenha cuidado ao realizar um julgamento por momentos específicos, pois eles podem ocultar dados essenciais do fundo.

Aqui, podemos utilizar também a analogia do iceberg, muito famosa no campo da Psicologia. Ela diz que, quando enxergamos um iceberg, observamos apenas uma pequena parte dele. O restante está submerso no mar. É exatamente o que acontece quando olhamos apenas para rentabilidade: enxergamos uma pequena fração do que é o fundo. Muito pouco, porém, para uma tomada de decisão correta.

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Sobre o autor
Stéfano Bozza
Formado em Administração pela PUC-SP. Trabalhou em empresas do segmento financeiro (Itaú BBA) e varejo (BRMALLS) até 2016, quando iniciou a jornada de produção de conteúdo para a internet com foco em finanças.
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