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Efeito Halo

Autor:Equipe Mais Retorno
Data de publicação:18/04/2019 às 20:19 -
Atualizado 5 anos atrás
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O que é o efeito halo?

É chamado de efeito halo o fenômeno psicológico segundo o qual nós, seres humanos, usamos uma única característica isolada para julgar os aspectos gerais de uma pessoa ou objeto. Dessa forma, criamos estereótipos e fazemos suposições a respeito de informações e comportamentos que ainda não conhecemos.

Conforme a teoria cunhada pelo psicólogo Edward L. Thorndike ainda na década de 1920, o efeito halo pode tender tanto para o julgamento positivo quanto para o julgamento negativo. Isso significa que podemos identificar um atributo e a partir dele adquirimos simpatia ou antipatia por outra pessoa, por exemplo. Não por conta daquele aspecto em particular, mas pelo conjunto de deduções que fazemos a partir dele.

Obviamente o efeito halo é tratado como um viés, uma distorção da nossa realidade que resulta de uma falha em nosso processo de compreendê-la. Ele afeta basicamente todos os aspectos da vida humana, dos negócios aos relacionamentos amorosos. Pois é, amor à primeira vista uma ova!

Como o efeito halo funciona?

Você já se perguntou o porquê de haverem tantos estereótipos e, ainda, o porquê de continuarmos atualizando-os mesmos depois de recebermos provas substanciais de sua imprecisão? A resposta, como de quase tudo no que tange ao comportamento, está no cérebro.

Temos tantos processos neurológicos para nos ajudar a sobreviver (na vida selvagem ou na recente civilização urbana e complexa), que algo em em nossa mente acredita que essa forma de ver o mundo nos é útil. Afinal, lá na natureza não tínhamos muito tempo para decidir se um desconhecido tinha potencial de nos matar ou não: usávamos, então, de nosso repertório mental para tomar decisões e fazer julgamentos.

E quanto mais complexo nossos dilemas ficaram (Será que eu posso confiar nessa pessoa? Será que ela será um bom funcionário? Será que seríamos bom relacionamento se namorássemos?), mais complexos nossos processos mentais ficaram, pedindo muita autoanálise para serem identificados e mudados.

Já debatemos muito dessa questão ao tratarmos das heurísticas (você pode acessar essa série clicando aqui e explorando o nosso glossário), mas vamos ser mais específicos quanto ao Efeito Halo daqui para frente.

Pense conosco: você provavelmente já teve uma daquelas paixões secretas no início da adolescência, certo? Aquela pessoa que mal sabia o seu nome, mas que sempre te parecia tão divertida, inteligente, interessante… Mas espera aí! Se vocês não conviviam como é que você pode ter tirado tantas conclusões sobre ela? Provavelmente isso se deu porque ou ela era muito bonita ou tinha alguma característica única que te atraiu muito ou, no mais, foi legal com você uma única vez.

O resto era apenas suposições, que derivam do estereótipo criado por você de como alguém com aquela qualidade seria. O que não quer dizer que era verdade ou mentira - você apenas não possui a propriedade suficiente para tomar isso como um fato.

Quer outro exemplo? Imagine que você está assistindo um filme e, de repente, surge um ser vestido de branco, com com uma aura iluminada e uma auréola dourada flutuando acima de sua cabeça… O que é isso? Antes mesmo que ele abra a boca você já entende: é um bondoso anjo, enviado pelo Senhor para cumprir uma missão. Mas quem disse que ele é um anjo?

Quem disse que ele é bondoso? E, pior, quem disse que ele foi enviado por um Deus? Ninguém.

Você apenas admitiu toda uma história e uma personalidade para esse ser, que pode muito bem ser uma criatura mágica e perigosa qualquer do mundo cinematográfico.

E aí justamente essa "pegadinha" do cérebro que generaliza tudo, que se dá o nome de efeito halo. Inclusive, é graças ao exemplo da figura angelical que ele recebe esse nome. Halo é um termo em Inglês usado para descrever a auréola dos anjos - e, nesse contexto, todos os símbolos atrelados a ele.

Como o efeito halo é aplicado?

Nós sabemos o que você está pensando. É, sabemos!

"O efeito halo só me enganou porque eu era muito jovem (no caso da minha paixão escolar) e por que a arte é assim mesmo, cheia de estereótipos… É normal se enganar. Mas agora, na vida real, eu já sou uma pessoa muito mais esperta, madura e observadora - eu só me importo com os fatos, sabe?”

Entenda: estar vulnerável a vieses não faz de você "menos esperto" ou algo assim, só quero dizer que as suas opiniões, sentimentos e julgamentos podem derivar de processos cerebrais, em parte, equivocados. E é papel da Psicologia catalogá-los, para que possamos compreender o quanto eles afetam as decisões que acreditamos serem tomadas de forma totalmente racional.

A seguir, preparamos um pequeno apanhado de exemplos de como o efeito halo se apresenta no dia a dia:

  • Em uma entrevista de emprego, quando o entrevistador toma o candidato como mais organizado, inteligente e agradável por estar mais bem vestido.
  • Em encontros amorosos, quando achamos a outra pessoa desagradável, grosseira e folgada em tudo que diz, pelo simples fato de ter se atrasado.
  • Em avaliações de desempenho, quando gestores dão notas melhores a funcionários mais sorridentes.

Em nenhuma das situações a pessoa tem plena consciência de efeito halo - pelo contrário, tem vários pseudo-argumentos para justificar o seu parecer. Isso porque ele tende a supervalorizar o lado positivo ou negativo do que mais lhe chama atenção, encontrando bases racionais para suas tendências emocionais.

Se você já está familiarizado com o conceito de heurísticas, deve se lembrar dessa capacidade que temos de focar mais nos pontos que nos agradam ou não, repetindo a dinâmica já estabelecida na heurística do afeto.

Sobre o autor
Autor da Mais Retorno
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